sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

CRISE PÁRA UM TERÇO DOS CAMIONS NACIONAIS

Cerca de 15 mil dos 50 mil camiões dos transportadores rodoviários de mercadorias portugueses estarão imobilizados, por falta de cargas, avança o presidente da Antram.

António Mousinho fala, em declarações ao “DE”, num prejuízo mensal de entre 15 e 20 milhões de euros. A situação será ainda mais grave no transporte internacional, com a imobilização de cerca de 30% da frota, fruto da quebra das exportações. No transporte nacional, um quarto da frota estará parada.

A culpa, desta feita, é da recessão económica generalizada, com a quebra na produção e no consumo e, logo, na procura de transportes. Quinze mil camiões representam outros tantos motoristas e muitas empresas. Sendo que, di-lo António Mousinho, estarão a encerrar cinco a seis empresas do sector a cada mês que passa.

A verdade é que nem os maiores operadores escapam às dificuldades. Desde logo, porque muitos deles têm parte significativa da sua actividade alicerçada no sector automóvel, seja à exportação/importação, seja nos tráfegos entre países terceiros (aí, através de filiais criadas muitas vezes expressamente para o efeito).

A Antram reclama, por isso, mais apoios para o sector. E mais ainda o cumprimento integral do acordo alcançado com o Governo aquando da paralisação dos camionistas.

Ontem mesmo, o Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei para criar um regime especial de Iva. Mas a proposta tem ainda de ser aprovada na Assembleia da República. E há ainda, lembra o presidente da Antram, as questões das ajudas de custo TIR e dos apoios à renovação de frotas.

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