Cerca de 15 mil dos 50 mil camiões dos transportadores rodoviários de mercadorias portugueses estarão imobilizados, por falta de cargas, avança o presidente da Antram.
António Mousinho fala, em declarações ao “DE”, num prejuízo mensal de entre 15 e 20 milhões de euros. A situação será ainda mais grave no transporte internacional, com a imobilização de cerca de 30% da frota, fruto da quebra das exportações. No transporte nacional, um quarto da frota estará parada.
A culpa, desta feita, é da recessão económica generalizada, com a quebra na produção e no consumo e, logo, na procura de transportes. Quinze mil camiões representam outros tantos motoristas e muitas empresas. Sendo que, di-lo António Mousinho, estarão a encerrar cinco a seis empresas do sector a cada mês que passa.
A verdade é que nem os maiores operadores escapam às dificuldades. Desde logo, porque muitos deles têm parte significativa da sua actividade alicerçada no sector automóvel, seja à exportação/importação, seja nos tráfegos entre países terceiros (aí, através de filiais criadas muitas vezes expressamente para o efeito).
A Antram reclama, por isso, mais apoios para o sector. E mais ainda o cumprimento integral do acordo alcançado com o Governo aquando da paralisação dos camionistas.
Ontem mesmo, o Conselho de Ministros aprovou uma proposta de lei para criar um regime especial de Iva. Mas a proposta tem ainda de ser aprovada na Assembleia da República. E há ainda, lembra o presidente da Antram, as questões das ajudas de custo TIR e dos apoios à renovação de frotas.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário