quarta-feira, 25 de junho de 2008

MATEMÁTICA DA ANTRAM

Entretanto, a Associação de Transportadores (Antram) calculou ontem o valor dos prejuízos provocados pela paralisação no próprio sector: mais de cinquenta milhões de euros , de acordo com o presidente da Associação, António Mousinho.
Noticia, Correio da Manhã

Está pior a matemática da ANTRAM que a dos exames do 9º e 12º anos de escolaridade.

" quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão"

GASÓLEO PROFISSIONAL EUROPEU

UETR exige gasóleo profissional europeu
A Presidência eslovena da União Europeia recebeu ontem em Bruxelas uma delegação da União Europeia de Transportadores Rodoviários (UETR), organismo onde se encontram reunidas várias confederações e associações nacionais de autónomos e de pequenas e médias empresas.
A UETR apresentou uma proposta à UE com quatro reivindicações, com o objectivo de que seja ultrapassada a nível europeu, tanto a crise conjuntural como estrutural em que o sector se encontra.
As reivindicações da UETR são as seguintes: adopção de medidas antidumping contra a concorrência desleal que permitam garantir a cobertura dos custos de transporte, bem como um mecanismo consistente de actualização automática dos preços de transporte em função do incremento dos custos; a obrigação de pagamento a 30 dias; a garantia de cumprimento destas medidas através dum sistema de controlo e de um regime de sanções sob a forma de regulamento comunitário; a eliminação do IVA que actualmente também é aplicado aos impostos sobre produtos petrolíferos e a criação dum gasóleo profissional europeu. Esta posição foi adoptada numa reunião realizada pela UETR no passado dia 13 de Junho, em Bruxelas, considerando este organismo que «as acções e manifestações de transportadores em França, Portugal e Espanha, e a que se encontra agendada para o final deste mês em Itália, vêm demonstrar que o transporte rodoviário é o motor da economia». A UETR representa mais de 185 000 empresas transportadoras com uma frota de perto de meio milhão de veículos.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

PLACAS TP

não digam que não avisei...

A NÃO RETIRADA DAS PLACAS TP NOS REBOQUES E SEMI-REBOQUES PODE DAR ORIGEM A UMA COIMA QUE PODE IR DE 1 250 euros a 3 740 euros.

Decreto Lei nº 257/2007 de 16 de Julho que revoga o Decreto Lei nº 38/99 no Artigo 28º nº2

diz o seguinte A OSTENTAÇÃO DOS DISTINTIVOS DO TRANSPORTE POR CONTA DE OUTREM EM VEICULOS NÃO LICENCIADOS PARA O EFEITO É PUNIVEL COM COIMA DE 1 250 euros A 3 740 euros

ACORDO ENTRE A ANTRAM E O GOVERNO

Consagração legal de fórmula de revisão automática dos preços dos serviços, de acordo com as variações do preço do combustível, e estabelecimento de coimas pelo seu incumprimento;

Consagração legal do prazo máximo de 30 dias para o pagamento dos serviços de transporte, e estabelecimento de coimas pelo seu incumprimento;

Majoração em 20% dos custos com combustível para efeitos de IRC;

Diferimento do pagamento do IVA ao Estado para o momento do recebimento efectivo do serviço de transporte, a partir de 2009;

Criação de incentivo à renovação de frotas (prémio ao abate, incentivo à instalação de filtros de partículas e pagamento do diferencial de custo entre veículos Euro 4 e Euro 5, na aquisição de um veículo Euro 5);

Reintrodução dos descontos nas portagens das auto-estradas (entre 30% e 50%);
Manutenção do valor do ISP para 2009;

Manutenção do valor do IUC nos próximos três anos;

Criação de apoios à formação no sector e criação do Centro de Novas Oportunidades para Transportes;

Assumpção pelo Ministro dos Transportes do dossier das Ajudas de Custo TIR;

Criação de um grupo de trabalho envolvendo os Ministérios dos Transportes e do Trabalho, para adaptação da legislação laboral à especificidade do sector.

Esperamos que a entrada em vigor destas medidas não demorem o mesmo que demoraram as negociações.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Atendendo ao desenrolar dos acontecimentos dos últimos dias, urge o esclarecimento de algumas verdades acerca do processo negocial:

1- A revolta dos transportadores resulta de diversos problemas, que não só o gasóleo e que estavam em negociações com o governo há diversos meses mas sem resultados. Ex: Ajudas de custo TIR, regulamentação especifica laboral/social, etc…

2 – A paralisação foi decisiva para o início do processo negocial, no entanto revela-se agora imprescindível revelar o que acorreu nos últimos dias bem como a verdade de algumas das medidas.

Das medidas Apresentadas:
Muitos teóricos defendem que estas foram lesivas para o estado, no entanto numa análise mais cuidada poderá não ser assim.

Exemplo: Majoração de 20% do combustível, na prática corresponde a um desconto virtual e não efectivo de 5% no combustível que está diretamente dependente da rentabilidade das empresas, importante evidentemente para o sector e aparentemente suportado pelo Estado, quando não é mais que demagogia, pois não nos podemos esquecer que este sector transferiu 100.000 Milhões de litros de consumo para Espanha engordando os cofres do Estado de Espanha em detrimento do Português dada a diferença de preços, finalmente teremos reunidas as condições para retomar consumos em Portugal

Do processo negocial:
No final do dia de 2ª Feira, apresentados os resultados da 1ª ronda negocial entendeu a comissão mediadora de transportadores (nomeada no sábado em reunião magna para representar todos os que se reviam na paralisação) que estavam reunidas as condições para desmobilizar.

No entanto um grupo de transportadores do Carregado, não acatou a ordem dada por Silvino Lopes, tendo optado depois por mudar de posição e manter a paralisação, o que provocou discórdias a nível nacional e tensões extremadas que lamentamos, no entanto foram varias as manifestação de discórdia desta posição mas de solidariedade, que aumentaram exponencialmente após a morte de um colega que lamentamos.

O que se ganhou da tarde do dia 9 até à tarde do dia 11?

Na proposta:
Ganhou-se a majoração de 20% de combustível consumido em Portugal
Perdeu-se a abolição do imposto de camionagem gradual e o desconto de 15 a 20% das Portagens pelo período de 24H

O que se perdeu:
Perdemos um colega
Perdemos todos muitas horas de sono e de trabalho
Vários camiões vandalizados
2 dias negativos na nossa economia com um prejuízo incalculável

Quem ganhou:
António Lóios, que não sendo transportador ganhou protagonismo com o apoio de Silvino Lopes e de um grupo de transportadores do carregado

Balanço:
Perderam os pequenos transportadores que trocaram um ganho efectivo com a abolição do imposto de camionagem por um ganho potencial e virtual de desconto no combustível
Perde o sector que conseguiu mostrar a sua importância na economia nacional mas da pior maneira.