Com o comunicado hoje emitido, a Antram escolheu mal o momento e a forma para falar de novo das dificuldades dos transportadores rodoviários de mercadorias.
Quem acompanha o sector, e mais ainda quem nele trabalha e dele depende, sabe que está agendada para esta semana uma reunião entre a ANTP e o Governo, supostamente para discutir a situação do sector e medidas de apoio.
A reunião da nova associação com a tutela não é de estranhar. Afinal, desde a paralisação de Junho que ficou claro que não era “aquela” (o acordo entre o Executivo e os transportadores) a solução que os grevistas queriam. Adivinhava-se, por isso, que voltariam “à carga”, mas agora com a representatividade de uma associação de transportadores formalmente constituída.
O comunicado da Antram, em vésperas dessa reunião, corre, assim, o risco de ser considerado uma tentativa de “marcar terreno”, de “dizer presente”, de manter pelo menos a aparência da pressão reivindicativa sobre o Governo.
Mas não só. O comunicado surge também poucos dias depois da demissão “compulsiva” da Direcção Regional do Centro da Antram, ante o descontentamento dos associados com o comportamento da associação em tempos de crise. A “pressa” em responder aos contestatários não foi, está visto, boa conselheira.
E o que dizer do teor do comunicado? Afirmar, um mês depois, numa situação que continua a ser de urgência, que as medidas acordadas não foram ainda aprofundadas, pode ser uma forma rebuscada de reconhecer que, afinal, o acordado de pouco vale para atacar os problemas imediatos dos operadores.
Uma impressão que é reforçada pelo anúncio da propositura de um novo “pacote” de medidas de apoio específicas para as PME. Mas não são as PME (ou mesmo as micro-empresas) a maioria dos associados da Antram? E se agora se vai olhar especificamente para elas, para quem se olhou quando se rubricou o acordo com o Governo?
De novo, fica a dúvida se não será este “piscar de olho” às PME uma tentativa de controlar os estragos que a ANTP poderá fazer entre a massa associativa da Antram. E, mais, os estragos que as PME associadas da Antram poderão fazer entre os corpos dirigentes da associação.
Por último, está visto que com o surgimento e afirmação da ANTP o sector do transporte rodoviário de mercadorias tornar-se-á mais reivindicativo. Mas será bom que a vontade de mostrar trabalho e provar a representatividade de ambas as associações não as leve a entrarem numa espiral de reclamações e propostas mais ou menos inconsequentes. Os associados de ambas merecem – e precisam de – melhor.
Fernando Gonçalves
Transportes & Negócios
quarta-feira, 23 de julho de 2008
TRANSPORTADORES FORÇAM DEMISSÃO DA ANTRAM-CENTRO
A Direcção regional do Centro da Antram demitiu-se em bloco no sábado, pouco antes de ser votada uma moção que propunha a sua destituição. Os transportadores da região não concordam com os termos do acordo assinado com o Governo, e que pôs termo à paralisação dos camionistas.
O acordo entre a Antram e o Governo fez as primeiras “vítimas” entre os dirigentes da associação dos transportadores rodoviários de mercadorias. Reunidos no sábado, os associados da Região Centro forçaram a demissão da direcção regional, que optou por se demitir em bloco em vez de arriscar o resultado da votação de uma moção de destituição.
Em declarações públicas, António Sousa, um dos contestatários, afirmou que “a Direcção não tinha condições para continuar. Os nossos objectivos foram atingidos”. E justificou a posição: “a maioria dos sócios está descontente com a actual Direcção Regional, por esta não ter respeitado e salvaguardado os interesses dos sócios nas negociações que colocaram termo à paralisação dos camionistas em Junho”.
Ao contrário do que ficou estabelecido no acordo com o Governo, os empresários do Centro, associados da Antram, pretenderiam “a redução das portagens e do IRC em 25%, o fim faseado do Imposto de Camionagem em cinco anos e a revisão da Lei que nos obriga a parar ao sétimo dia, passando para o nono, por sermos um país periférico”, acrescentou António Sousa.
A demissão da Direcção regional do Centro provocará mexidas na Direcção nacional da Antram, presidida por António Mousinho, que integra por inerência os líderes regionais.
Um mês depois da assinatura do acordo com o Governo, que colocou um ponto final na paralisação dos camionistas, a Antram está a promover encontros regionais com os associados para explicar as consequências práticas do protocolo. À face dos acontecimentos na Região Centro, estará também em causa, nessas reuniões, controlar a contestação interna e, no limite, impedir a saída de mais associados para a recém-criada ANTP.
A Direcção da ANTP reúne-se depois de amanhã com o Governo para debater o estado do sector.
Transportes & Negócios
O acordo entre a Antram e o Governo fez as primeiras “vítimas” entre os dirigentes da associação dos transportadores rodoviários de mercadorias. Reunidos no sábado, os associados da Região Centro forçaram a demissão da direcção regional, que optou por se demitir em bloco em vez de arriscar o resultado da votação de uma moção de destituição.
Em declarações públicas, António Sousa, um dos contestatários, afirmou que “a Direcção não tinha condições para continuar. Os nossos objectivos foram atingidos”. E justificou a posição: “a maioria dos sócios está descontente com a actual Direcção Regional, por esta não ter respeitado e salvaguardado os interesses dos sócios nas negociações que colocaram termo à paralisação dos camionistas em Junho”.
Ao contrário do que ficou estabelecido no acordo com o Governo, os empresários do Centro, associados da Antram, pretenderiam “a redução das portagens e do IRC em 25%, o fim faseado do Imposto de Camionagem em cinco anos e a revisão da Lei que nos obriga a parar ao sétimo dia, passando para o nono, por sermos um país periférico”, acrescentou António Sousa.
A demissão da Direcção regional do Centro provocará mexidas na Direcção nacional da Antram, presidida por António Mousinho, que integra por inerência os líderes regionais.
Um mês depois da assinatura do acordo com o Governo, que colocou um ponto final na paralisação dos camionistas, a Antram está a promover encontros regionais com os associados para explicar as consequências práticas do protocolo. À face dos acontecimentos na Região Centro, estará também em causa, nessas reuniões, controlar a contestação interna e, no limite, impedir a saída de mais associados para a recém-criada ANTP.
A Direcção da ANTP reúne-se depois de amanhã com o Governo para debater o estado do sector.
Transportes & Negócios
quarta-feira, 9 de julho de 2008
ANTP Associação Nacional de Transportadoras Portuguesas
Vai-se realizar na Batalha (Exposalão) dia 12 de Junho de 2008, pelas 15 horas, uma reunião das empresas Associadas desta Associação afim de se realizarem as primeiras eleições.
Se és Associado não faltes, da tua participação depende o futuro desta Associação.
Se és Associado não faltes, da tua participação depende o futuro desta Associação.
ANTRAM COIMBRA
Vai-se realizar no próximo dia 19 de Julho de 2008, no Hotel D. Luis em Coimbra, pelas 15 horas uma ASSEMBLEIA REGIONAL EXTRAORDINÁRIA com a seguinte ordem de trabalhos:
PONTO 1- Pedido de esclarecimento à Direção Regional sobre as negociações entre a ANTRAM e o Governo, além daquelas que foram dadas a conhecer pela Direcção Nacional.
PONTO 2- Deliberação e discussão da moção para a destituição da Direcção Regional.
PONTO 3- Outros assuntos de interesse geral.
Se és associado e te preocupas com o sector dos transportes não faltes, a ANTRAM é de TODOS os associados, e são estes que fazem a Associação, PARTICIPA não podemos reclamar sem participar.
PONTO 1- Pedido de esclarecimento à Direção Regional sobre as negociações entre a ANTRAM e o Governo, além daquelas que foram dadas a conhecer pela Direcção Nacional.
PONTO 2- Deliberação e discussão da moção para a destituição da Direcção Regional.
PONTO 3- Outros assuntos de interesse geral.
Se és associado e te preocupas com o sector dos transportes não faltes, a ANTRAM é de TODOS os associados, e são estes que fazem a Associação, PARTICIPA não podemos reclamar sem participar.
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